quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Tirinha


Uma tirinha que eu fiz pro jornalzinho la da turma, "Questão de Ordem", quero ver ele impresso!!! ihihhihi... Fiz outras ilustrações tosquinhas pra ele, não sei desenhar muito bem essas coisas não... =/

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Outra Materia

Essa nem entrou no jornal, era pra 3ª edição mas toda ela foi cancelada... =/
É tosquinha, mas whatever!! ^^



Como se veste o universitário

Ao entrar na UFPB, o aluno se depara com uma incrível variedade de estilos e tribos. Cada área de conhecimento tem o seu jeito de ser, e isso se reflete nas roupas. Quem não, ao ver um grupo de pessoas dentro do campus vestidos de branco dos pés a cabeça, pensou: “esses ai são de saúde!!” Assim, os alunos vão se diferenciando uns dos outros pelo estilo do seu curso. Acha exagero?! Pois pense, você está andando pelo Centro de Vivência e vê um grupo de pessoas vestidos com saias longas e rodadas, camisas soltinhas e com estampas coloridas, tipo hippie sabe?! Você acha que aquele grupo estuda o quê? Enfermagem? Não, certamente aquele grupo estuda na área de Humanas, potencialmente psicologia... Lembrou daquele seu amigo que estuda no CCHLA, não é?! Andar pela Praça da Alegria é ver diferentes estilos, mas dentro de um mesmo contexto. Os alunos de Humanas querem mostrar que têm seu próprio estilo, que não se vestem como a protagonista da novela das 8h. Se estiver calçando sandálias de couro cru, camisa com Che Guevara estampada, certamente é aluno de Humanas.

Já em exatas, podem-se encontrar tipos muito diferentes. De um lado você vê aquelas estudantes de arquitetura vestidas como se fossem passear no shopping center, com saltos altíssimos e roupas da última tendência. Do outro, vêem-se aqueles alunos vestidos de jeans, camiseta e havaianas, sem se preocupar se essa roupa era a mesma que ele usou no dia anterior. Há também aqueles típicos, com livros de cálculos debaixo dos braços usando aquela camiseta do último encontro de RPG ou daquele filme de ficção cientifica.

A visão de mundo, os gostos e a maneira de ser de cada um são refletidos no modo de se vestir. Por tanto, o curso que o aluno passa mais de quatro anos freqüentando e que será o seu futuro profissional, não deveria ser exceção. As influências são muitas, e não devemos negar o fato de que ela está ali, nas compras, na escolha do que irá vestir. O importante é sentir-se bem, vestido da maneira que você achar melhor e não para se encaixar nesse ou naquele grupo.

domingo, fevereiro 18, 2007

Texto que fiz sobre Seminario de Henrique Magalhães


Tiras e Quadrinhos têm seu espaço em Seminário do Decomtur

Amanda Carvalho de Andrade

marie.dujour@bol.com.br

O bom humor nas tiras brasileiras. Esse foi o tema do seminário que o Professor Doutor Henrique Magalhães ministrou, com a mediação do Professor Doutor Marcos Nicolau, nessa quarta, 8, no Auditório 412 do CCHLA, Campus I da UFPB. O segundo Seminário de Pesquisa de Decomtur aconteceu entre os dias 6 e 10 de novembro trazendo um grande número de seminários feitos por professores do Departamento de Comunicação e Turismo.

Em seu seminário, Henrique Magalhães dissertou sobre como os quadrinhos vêm se manifestando no Brasil, especialmente na Paraíba. Mostrou que não são literatura, nem artes plásticas, e sim uma nova forma de expressão, mais simples, mas não simplória, até chamada de 9ª Arte. Os quadrinhos têm sua nova linguagem, onde existe a predominância de palavras com duplo sentido e sentidos ocultos. Por ter seu espaço físico pequeno e resumido, as tirinhas têm pouco texto e uma linguagem gráfica muito expressiva, fazendo com que a piada seja curta e engraçada.

No Brasil, a predominância das publicações é de quadrinhos infantis, como a Turma da Mônica de Mauricio de Sousa. Para os adultos, as HQs americanas são as que têm maior espaço no mercado, por serem produtos fabricados em larga escala e com distribuição maior dentro do país. Publicações nacionais não conseguem competir com “O Homem-Aranha”, apesar de que a Marvel, grande editora de HQ americana que produz esse e outros títulos de sucesso, tem como artista exclusivo um brasileiro, ou melhor, paraibano, o Mike Deodato.

Já a produção paraibana de tirinhas começou na década de 70, por conta dos jornais ficarem mais gráficos e os custos de impressão mais baratos. Muitas tirinhas de diferentes autores já foram publicadas, inclusive a do próprio Henrique Magalhães com a personagem “Maria”. Nessa época foram criados suplementos que incentivaram novas produções, até mesmo crianças começaram a criar suas tirinhas. Atualmente vemos que os jornais paraibanos não têm mais o interesse de publicar tirinhas, para o professor: “Os jornais não têm conhecimento sobre tirinhas, e existe certo preconceito perante a esse tipo de produção. Desculpando a palavra, mas ignorância mesmo dos jornais.” As publicações agora se limitam a fanzines, livros e álbuns. Grupos como o Made in PB e o artista Shiko são exemplos dos que ainda produzem quadrinhos dentro do estado.

Existem aqueles quadrinhos globalizados, que se encaixam em qualquer realidade por ter seu humor generalizado, neutro e imparcial. Exemplo desses é o Garfield, tirinha publicada em diversos países. “Esse tipo de quadrinhos tem o seu valor como humor, mas é um humor generalizado. E sim, ela tem sua importância dentro do humor”, ressalta Henrique. Ao contrário são as tirinhas nacionais, que usam a o cotidiano e o que está acontecendo no país, principalmente na sua localidade, como inspiração. As tirinhas sempre foram uma forma de mostrar o descontentamento e tirar sarro com a política e outros fatos do momento de forma bem humorada.

Quem é Henrique Magalhães?

Professor de Jornalismo, Henrique Paiva de Magalhães nasceu em João Pessoa, em 1957. Formou-se em jornalismo na UFPB em 1983, sete anos depois defendia a dissertação de Mestrado “Os fanzines de histórias em quadrinhos: o espaço crítico dos quadrinhos brasileiros”, na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Escolher esse tipo de produção marginal como objeto de estudo causou surpresa para a banca examinadora. Publicações como os fanzines passaram a ter maior importância cultural e social. Como era de se esperar, em 1996, Henrique defendeu sua tese de Doutorado na Universidade Paris VII, tendo fanzines como tema: “Fanzines de Bande Dessinée: rénovation culturelle et presse alternative”.

Henrique Magalhães criou a famosa personagem “Maria”, em 1975, onde diariamente eram publicadas suas tirinhas no jornal O Norte. Também teve publicado em fanzines e em semanários portugueses. Com Maria, lançou 10 revistas, um livro e um álbum. Atualmente pode-se ver a personagem na revista Maria Maganize, da editora Marca de Fantasia, onde também se encontra tiras de autores de todo o Brasil.

Criou e dirige a Gibiteca Henfil, que funciona no Decom, voltada para os quadrinhos e títulos independentes. Dirige a editora independente Marca de Fantasia, onde são publicados fanzines, revistas, álbuns e livros, ligados à cultural alternativa e independente. Inclusive, o fanzine Top! Top! faturou o prêmio HQ Mix de melhor revista independente de 2002.